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Para evitar o colapso no trânsito da capital do país, é preciso investir em meios como os trens, afirma superintendente de Desenvolvimento do Centro-Oeste
Em relação ao trânsito na cidade, os dados do Detran (Departamento de Trânsito do DF) realmente mostram que os congestionamentos estão longe do fim. Até março deste ano, a frota total do DF era de 1.427.209 veículos. A média de emplacamento diário, até outubro do ano passado, era de 588 carros por dia.
Segundo o especialista em políticas públicas de Transportes e pesquisador da UnB (Universidade de Brasília), Artur Moraes, o crescimento da frota deve continuar e, se nada for feito, ele concorda: entre cinco a dez anos, o trânsito vai parar na capital. Para Moraes, o problema de Brasília é a deficiência no transporte público, que leva as pessoas a quererem andar de carro; por sua vez, o gestor público tenta resolver o problema abrindo mais vias para o carro: “mas não há espaço nas ruas”, observa.
O trânsito de Brasília precisa ser replanejado. Quem faz o alerta é o superintendente da Sudeco (Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste), Marcelo Dourado. “A situação é caótica (…). E do jeito que as coisas andam, vai ser difícil até sair de casa em 2020”, afirmou ainda o superintendente.
Futuro está nos trilhos – Na opinião de Marcelo Dourado, o futuro do trânsito de Brasília não está nos pneus, e sim nos trilhos. Para isso, ele ressalta a importância da conclusão do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) e da ferrovia que ligará Brasília a Goiânia.
Em dezembro do ano passado, o Governo do Distrito Federal (GDF) anunciou que o VLT não ficará pronto até 2014. A conclusão era esperada para a Copa de 2014. Já em março deste ano, o GDF afirmou que vai retomar as obras do VLT, suspensas em outubro de 2011. A data ainda não está definida, mas o edital para selecionar a empresa responsável pelo serviço já foi lançado.
A primeira etapa do projeto vai ser a construção do trecho que liga o Aeroporto até o terminal da Asa Sul, região central de Brasília. A obra está orçada em aproximadamente R$ 300 milhões. O governo prometeu retomar também a construção do viaduto no final da via W3 Sul, que faz parte do projeto de implantação do VLT.
As obras do ‘bonde moderno’ de Brasília estão paradas desde outubro de 2011, por determinação da Justiça. As suspeitas são de irregularidades no processo de licitação. Com que a construção inacabada, o local hoje está abandonado e com muito mato ao redor.
Fonte: Revista Bicicleta
