Voltada para utilização em bicicletas de estrada, mountain bikes e e-Bikes, linha de lubrificantes da marca francesa conta com versão de óleo ‘seco’ e para utilização em condições extremas
Conhecida internacionalmente como um dos expoentes no desenvolvimento e produção de lubrificantes e fluidos de alta performance para motores, Motul disponibiliza desde 2023 uma linha especificamente destinada ao segmento de bike care, que inclui produtos de limpeza, lubrificação e conservação de bicicletas.Com a experiência da vanguarda tecnológica que fez a marca francesa desenvolver o primeiro lubrificante multiviscoso e o primeiro lubrificante sintético da história, a Motul conta com dois modelos de óleo para correntes de transmissão de bicicleta que aliam praticidade de uso e eficiência com a preocupação de não agredir o meio ambiente com matérias-primas poluentes.
Apresentação – Disponibilizado nas versões Seco (Dry) e Úmido (Wet), o lubrificante Motul Chain Lube é comercializado em frascos de 100ml (informação que curiosamente não encontra-se em sua embalagem!) e contam com um prático bico dosador que facilita sua aplicação, evitando o desperdício.
Enquanto que a versão Dry é indicada para utilização em bikes de estrada ou em condições climáticas secas, o lubrificante Wet, mais versátil, é voltado para utilização multiuso, que inclui pedaladas em dias chuvosos e/ou na presença de agentes poluidores como lama e barro.
Ambas as versões utilizam compostos orgânicos biodegradáveis oriundos de matérias-primas renováveis, reforçados com aditivos como o nitreto de boro, que evitam a oxidação das partes metálicas da transmissão da bike, evitando seu desgaste prematuro e aumentando sua vida útil. Ao contrário de seus concorrentes, a Motul não utiliza compostos a base de politetrafluoretileno (PTFE, o o famoso Teflon), material altamente danoso para o meio ambiente.
Para reforçar a preocupação ambiental do fabricante francês, as embalagens do lubrificante são produzidas a partir de matéria-prima 100% reciclada.
Tanto a versão a seco quanto a úmida compartilham rótulos similares e com o mesmo grafismo, o que pode confundir o consumidor. A única diferença visível na embalagem é a escrita Wet – Conditions Humides / Dry – Conditions Séches na parte inferior do rótulo, em letras, na minha opinião, pequenas demais.
Em uso – Para testar os lubrificantes, utilizei os mesmos em duas transmissões distintas, uma Sram GX e uma Shimano Deore RD-M6100 SGS, ambas de 12 velocidades, previamente limpas e tratadas com o desengraxante Motul Chain Clean Nettoyant Chaine. Após a limpeza e secagem, foi aplicada uma gota do lubrificante em cada elo da corrente e o excesso removido com um pano seco.
Para promover a máxima capacidade de penetração nos links da corrente, foi observado um período de 1 hora até o momento da pedalada, embora a Motul não especifique essa necessidade.
A aplicação é simples e eficaz, graças ao bico estreito do frasco, que regula o fluxo, evitando o desperdício.
A viscosidade das duas versões é bastante diferenciada, menos densa no lubrificante seco e mais espessa no Wet. Mesmo assim, ambas versões contam com uma consistência ideal, permitindo a penetração profunda nos elos da corrente de transmissão, sem que o líquido escorra para fora.
Nas condições extremamente secas que ocorrem nesta época do ano aqui em Brasília, a aplicação do lubrificante seco em pedaladas no asfalto foi excepcional para um óleo desta categoria, gerando uma autonomia entre 100 a 150km por aplicação, mantendo a corrente sempre limpa e em bom aspecto. Na versão Wet, a autonomia foi um pouco maior, cerca de 150km, atraindo no entanto um pouco mais de sujeira devido a sua maior viscosidade.
Já em trilhas composta por estradas e singletracks empoeirados de terra seca e eventuais cruzamentos em riachos e pequenos curso de água, a diferença de autonomia entre os lubrificante foi brutal, com a corrente lubrificada com a versão seca necessitando reaplicação com uma frequência maior que a versão úmida, mais resistente à intempéries e condições severas de uso, ao custo de uma corrente com um aspecto mais “sujo”.
Lubrificante para corrente Motul Bike Care
Facilidade de aplicação
Rendimento
Autonomia de uso em tempo seco (lubrificante Dry)
Autonomia de uso em tempo úmido (lubrificante Dry)
Autonomia de uso em tempo seco (lubrificante Wet)
Autonomia de uso em tempo úmido (lubrificante Wet)
Custo x benefício
Ótimo!
Linha de lubrificantes eficaz e de preço razoável, que funciona muito bem em condições secas a úmidas, com o mínimo de sujeira ou desperdício
Conclusão – Sem nenhuma surpresa, a Motul conseguiu repetir no segmento de bicicletas a mesma qualidade que a fez ser reconhecida mundialmente no mercado automotivo, oferecendo um lubrificante de alta qualidade, com boa autonomia de uso e preço competitivo em relação ao seus concorrentes.
Minha única ressalva vai para o rótulo da embalagem, que poderia vir com uma cor diferente entre as versões, para evitar a confusão durante o uso.
Pontos positivos
- Fácil aplicação;
- Promove uma camada protetiva duradoura;
- Alta durabilidade;
- Fórmula orgânica com matéria-prima não fóssil e sem PTFE não agride o meio ambiente;
- Bico comprido da embalagem promove aplicação eficiente e sem desperdício.
Pontos negativos
- Rótulos parecidos da versão seca e úmida podem confundir o utilizador no momento do uso.
Preço e disponibilidade – Distribuído no Brasil pela Blue Cycle, os lubrificantes para correntes de transmissão Motul podem ser encontrados nos principais bike shops do país ao preço médio de 55 reais cada (frasco de 100ml).
Agradecimentos: BSB Tri Bike