17 de maio de 2024
Manifestação foi realizada um dia após prefeito jogar no chão flores oferecidas por ciclista em homenagem aos mortos no trânsito da capital paulista - Foto: Reprodução / TV

Ciclistas realizam mais um protesto contra projeto de Doria de reduzir número de ciclovias em SP

Manifestação foi realizada um dia após prefeito jogar no chão flores oferecidas por ciclista em homenagem aos mortos nas avenidas marginais do Tietê e Pinheiros

Ativistas voltaram hoje (1º) a protestar contra a proposta do prefeito de São Paulo, João Doria, de retirar algumas das ciclovias da cidade e substituí-las por ciclo-rotas, onde o tráfego de bicicletas é compartilhado com o de carros. Os cicloativistas também protestam contra o aumento da velocidade dos carros nas marginais.

Durante a inauguração da Praça Ayrton Senna, esportista brasileiro morto há exatos 23 anos, os ativistas tentaram entregar flores ao prefeito, mas foram impedidos por assessores de Doria. Ontem (30), em um evento na Avenida Paulista, o prefeito foi surpreendido por uma ciclista que lhe entregou flores para lembrar as pessoas que estão sendo mortas com o aumento da velocidade nas marginais. O prefeito, que estava dentro do carro, rejeitou as flores e as jogou na rua. A prefeitura informou que o prefeito assim agiu ontem porque considerou o gesto “invasivo e desnecessário”.

“Hoje é 1º de maio e tem uma praça com o nome do Ayrton Senna, que morreu por velocidade, em um automóvel. A gente queria lembrar isso. Homenageá-lo seria diminuir as velocidades e conseguir evitar que outras mortes aconteçam”, disse Letícia Sabino, integrante do movimento Cidade a Pé, que tentou entregar uma rosa ao prefeito.

“Acho que ele [Doria], como político, deveria ouvir mais as pessoas mesmo quando forem contrárias ao que ele está fazendo porque um político deve estar sempre atento à opinião popular. Acho que foi um pouco agressiva a reação dele. Em vez de ele receber aquela informação e processar para dar uma resposta, ele respondeu com agressividade porque estava contra ao que ele está fazendo”, disse Letícia. “Estamos tentando nos aproximar, mas estão fazendo barreiras todas as vezes em que chegamos perto para entregar as flores. Mas estamos levantando-as para que ele as veja de lá [do palco]”, afirmou.

De cima do palco montado na praça, Doria respondeu aos ativistas. “Não será nenhum ativista ou petista ou qualquer outro ‘ista’ (sic) que vai me colocar na parede não. Nem com flores nem com gritos”, disse. “Não tenho medo, como o Ayrton não tinha medo”, acrescentou o prefeito.

Fonte: Agência Brasil, com edição de Juliana Andrade
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