17 de maio de 2024
Astro
A nova tecnologia já está sendo empregada na construção dos novos quadros para e-Bike da Astro - Foto: Divulgação / Astro

Nova tecnologia de produção de quadros de carbono promete baratear preço final

Nova tecnologia do fabricante taiwanês Astro combina fibra de carbono e resinas termoplásticas para produzir quadros mais resistentes, recicláveis e baratos

O fabricante taiwanês Astro anunciou esta semana uma nova tecnologia de construção de quadros de carbono para bicicletas que promete revolucionar o mercado, ao proporcionar componentes mais resistentes, de rápida produção e baixo preço final.

Alto custo de produção – Mesmo com a grande oferta de fabricantes do Extremo Oriente e em outras partes do mundo, produzir bicicletas com quadros em fibra de carbono sempre esbarrou no principal empecilho a sua popularização: o preço. Basicamente, o processo de produção desse tipo de componente continua sendo um processo semi-artesanal, que demanda tempo e altos custos com mão de obra altamente especializada.

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“Não importa há quantos anos você está no mercado, produzir quadros em carbono continua sendo um processo altamente manufaturado”, explica Samuel Hu, CEO da taiwanesa Astro, uma das maiores fabricantes de quadros de bike OEM do mundo.

Basicamente falando, um quadro que utiliza carbono como matéria-prima é produzido através do alinhamento de mantas de fibra em um molde metálico, intercaladas com uma resina de polímero que promove a rigidez ao conjunto. Para garantir uma moldagem perfeita e sem falhas, ar comprimido é injetado sob pressão dentro do molde, para que as mantas de carbono fiquem compactadas. Todo o processo é realizado em alta temperatura, por meio de fornos especiais que ‘curam’ o material, resultando no quadro finalizado.

Termoplástico – Na nova tecnologia desenvolvida pela Astro, a resina é substituída por termoplástico, material que por possuir um ponto de moldagem mais baixo, demanda menor gasto energético durante a produção, bem como um tempo significativamente menor de produção. Além disso, o termoplástico oferece outras vantagens sobre as resinas convencionais, como maior resistência a impactos e maior facilidade em ser reciclado.

Com a redução do tempo de cura no forno e a facilidade no processo de fabricação, a estimativa da Astro é que um quadro possa ser produzido a cada 15 minutos em sua fábrica.

“Com a nova tecnologia, o processo de direcionamento das fibras de carbono permanece o mesmo, mantendo assim suas propriedades estruturais. A diferença é que com o uso do termoplástico, o tempo de produção e os gastos energéticos foram substancialmente reduzidos, colaborando com a redução dos custos e reduzindo as emissões de CO²”, conclui Samuel Hu.

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