13 de maio de 2024
Foto: Samuel Nascimento / MTB Brasília

Sapatilha MTB ASW Fury

Voltado para o mercado MTB, sapatilha da marca brasileira combina eficiência na pedalada com conforto e preço acessível

Marca referência no mercado brasileiro de vestuário para ciclismo, a ASW Racing disponibiliza no Brasil seu modelo Fury, sapatilha para MTB que reúne uma série de facilidades e recursos muitas vezes disponíveis em modelos mais caros disponíveis no mercado.

Para conferir as qualidades da ASW Fury, testamos o calçado durante um mês, sob as mais diversas condições de uso.

Sapatilha ASW Fury – Foto: Divulgação

Apresentação

A sapatilha da ASW é construída a partir de um cabedal de material sintético, mais resistente e durável que o couro natural, com reforço nas áreas laterais e frontal, locais que normalmente sofrem maior desgaste por atrito.

Na região lateral do calcanhar, a logo da ASW gravada no cabedal confere um ar elegante e ao mesmo tempo sóbrio, enquanto que a parte posterior recebe uma faixa refletiva, bastante útil durante as pedaladas noturnas.

Sapatilha ASW Fury – Foto: Divulgação

A parte superior conta com seis painéis de ventilação que, em conjunto com a língua perfurada oferece maior conforto nos dias de calor, graças a uma transferência térmica eficiente.

O fechamento utiliza três tiras de velcro de fácil operação, embora com menor ergonomia que nos modelos de sapatilha que utilizam fechos micrométricos, como presilhas e dials giratórios (sistema Boa). 

A entressola da ASW Fury conta com um bom reforço estrutural que garante a rigidez necessária para proporcionar uma boa plataforma de pedalada, sem abrir mão do conforto nas situações onde o ciclista é obrigado a descer da bicicleta e empurrá-la ladeira acima.

Já o solado é construído em material multi-densidade, com cravos mais altos nas regiões calcânea e na área do taquinho, de forma a proporcionar o máximo de tração em diversos tipos de terreno. Para aumentar ainda mais sua eficiência, a ASW Fury conta com cravos frontais, em aço, removíveis por meio de uma chave de boca, fornecida com a sapatilha.

Uma boa notícia para os ciclistas que costumam adquirir suas sapatilhas em lojas virtuais: a numeração utilizada pela ASW é no padrão Brasil, o que facilita a escolha do tamanho correto, já que os padrões europeu e norte-americano nem sempre casam perfeitamente com as medidas dos nossos pés.

Avaliação

Logo nas primeiras impressões a sapatilha de mountain bike da ASW chama a atenção não apenas por seu visual sóbrio e elegante, mas também pela qualidade no acabamento. As costuras, reforçadas, não deram espaços para fios soltos e a junção do cabedal com a entressola não apresentou falhas na colagem.

Cada sapatilha pesa pouco mais de 400 gramas, valor bastante próximo dos modelos de uso entusiasta / competitivo e bem mais leve que os modelos de entrada disponíveis no mercado.

Foto: André Ramos / MTB Brasília

A ASW Fury possui um formato interno mais largo que as sapatilhas europeias, o que aumenta bastante o conforto de quem tem pés mais largos na parte externa do dedão do pé. Já quem possui pés mais finos poderá sentir os mesmos mais soltos no interior da Fury, mesmo com as tiras de velcro mais apertadas.

No meu caso específico, situei-me em um meio termo: os pés ficaram confortavelmente ajustados dentro da sapatilha, porém, ao apertar as tiras de velcro, as mesmas ficaram ‘sobrando’ um pouco pra fora. Uma tira de velcro mais curta ou mesmo que tenha a possibilidade de ter suas pontas cortadas caso necessário, evitaria que as mesmas saiam excessivamente para fora. Fica a dica para as próximas edições, ASW!

Pedalando – Compatível tanto com o sistema de engate SPD da Shimano quanto de outros modelos, instalar e ajustar os taquinhos na ASW Fury é extremamente fácil, mesmo sem um gabarito impresso na entressola. A sapatilha ASW Fury conta com um solado com cravos mais altos na região dos taquinhos, o que os mantém relativamente protegidos durante caminhadas.

Foto: Samuel Nascimento / MTB Brasília

Este solado, mais rígido que o utilizado em sapatilhas meramente recreacionais, possibilita um bom agarre na maioria dos terrenos, como cascalho, lama e barro, com exceção de pisos de terra batida durante a chuva, quando tende a dar uma escorregadas.

Para auxiliar no inevitável ‘empurra-bike’ ladeira acima, a ASW Fury conta com dois cravos extras removíveis, em aço, que podem ser instalados mediante uma ferramenta especial, fornecida com o calçado.

Uma vez clipada, a sapatilha demostrou um nível de conforto e eficiência na pedalada dificilmente vistos em modelos concorrentes na sua faixa de preço.

Mesmo após longos períodos sobre a bike, em nenhum momento observei dormência nos pés ou desconforto causado por calor ou sudorese.

Em um dos testes, em várias horas sob chuva torrencial, a sapatilha manteve-se estável e sem criar calos por atrito. Seu material sintético, de secagem rápida, permitiu deixar o calçado pronto para operação poucas horas depois.

Conclusão

Em um mercado onde o que não faltam são opções de calçados específicos para uso em mountain bike, a ASW surpreendeu por oferecer um calçado bonito, durável e eficiente, a um preço bastante razoável, se comparado com a concorrência: um par de sapatilhas Fury pode ser adquirido nas lojas do Brasil ao preço médio de 320 reais.

Por este preço, seu proprietário irá dispor de uma sapatilha altamente versátil, eficiente na pedalada e confortável nas caminhadas, que provavelmente irá acompanhá-lo por muitos anos.

Especificações técnicas

Sapatilha ASW Fury

Características

  • Cabedal sintético
  • 6 painéis de ventilação
  • Fechamento por tiras de velcro
  • Língua ergonômica perfurada
  • Palmilha de alto conforto
  • Solado multidensidade
  • Cravos removíveis
  • Tamanhos disponíveis: 39, 40, 41, 42, 43 e 44 (Brasil)

Sapatilha MTB ASW Fury

Conforto
Eficiência na pedalada
Tração na caminhada
Ergonomia
Custo x benefício

Ótimo!

Pontos positivos

  • Estética sóbria;
  • Confortável;
  • Plataforma rígida;
  • Boa tração durante a caminhada em diversos tipos de terreno;
  • Numeração no padrão Brasil.

Pontos negativos

  • Menos ergonômica que modelos com ajuste milimétrico de aperto.

Sobre o autor

André Ramos é editor do website MTB Brasília
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