26 de julho de 2024

Itália prende dirigentes de equipe que incentivavam doping em ciclistas

Outras 17 pessoas são investigadas no caso, incluindo um médico especialista em medicina esportiva e um advogado, além de diversos ciclistas

Uma mega operação da polícia italiana na cidade de Lucca culminou com a prisão de seis dirigentes de uma das 10 maiores equipes de ciclismo amador da Itália, a Altopack-Eppela, acusadas de incentivar o uso de substâncias proibidas por ciclistas amadores.

Durante operação policial realizada nesta quarta-feira (07), foram presos o proprietário e presidente da equipe, Luca Franceschi, seus pais, Narciso Franceschi e Maria Luisa Luciani, Elso Frediani, diretor da equipe, Michele Viola, preparador físico e o farmacêutico Andrea Bianchi.

Outras 17 pessoas são investigadas no caso, incluindo um médico especialista em medicina esportiva e um advogado, além de diversos ciclistas que teriam participado das temporadas 2016/2017. Na residência de um dos acusados, a polícia encontrou hormônios de crescimento, anti-inflamatórios a base de opiáceos e eritropoietina (EPO), além de seringas, cateteres e outros equipamentos usados para que os atletas injetassem as drogas. Segundo os investigadores, era o próprio dono da equipe quem encorajava os atletas – muitos deles menores de idade – a utilizarem o doping.

Linas Rumsas morreu em maio do ano passado – Foto: Divulgação

A investigação teve início em maio de 2017, com a morte do lituano Linas Rumsas, 21 anos, ciclista da Altopack-Eppela. Na época, seus resultados considerados ótimos antes da sua morte, chegaram a levantar suspeitas do uso de alguma substância proibida.

Para a polícia italiana, os resultados esportivos mostravam melhorias muito grandes nos tempos, em comparação com as provas disputadas por Rumsas em 2016, fazendo com que se desconfiasse de alguma medicação ilegal na morte por ataque cardíaco.

Outro fator que gerou desconfiança dos investigadores foi o fato de que o ciclista era filho de Raimondas Rumsas que, anos antes, ao lado da esposa, Edita Rumsiene, chegou a ser investigado por tráfico internacional de substâncias dopantes. Na autópsia, ficou comprovado que Linas morreu por excesso de um tipo de hormônio do crescimento.

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