26 de julho de 2024
Pódio da Elite Feminina - Foto: Luciana Flores

Viviane Favery conquista o bicampeonato brasileiro de MTB Maratona (XCM)

Ciclista que representa a cidade de Mogi das Cruzes (SP) repetiu feito de 2015, conquistando pela segunda vez o título nacional, desta vez em Vitória da Conquista (BA)

Viviane Favery viveu neste domingo (27) mais um dia pra lá de especial em sua carreira de ciclista. A representante de Mogi das Cruzes (SP) conquistou o bicampeonato brasileiro de Maratona MTB (XCM), em prova disputada na cidade de Vitória da Conquista, na Bahia. Com o triunfo, Vivi – como é conhecida – garantiu seu segundo título nacional em menos de dois anos como atleta profissional. A primeira vez em que subiu no lugar mais alto do pódio da disputa do Brasileiro de XCM havia sido em 2015, em Picos (PI).

Ao lado de Viviane Favery, estiveram no pódio da Elite Feminina a vice-campeã, Karen Olimpio, seguida pelas ciclistas Tania Clair Pickler, Danilas Ferreira e Sofia Subtil, entre terceiro e quinto lugares, respectivamente. Na principal categoria masculina, o título ficou com o mineiro Halysson Ferreira, que conquistou seu tricampeonato brasileiro em Vitória da Conquista.

“Foi uma emoção muito grande. Depois de dois meses do retorno para a temporada no Brasil, fiquei doente duas vezes, enquanto na Europa estava um pouco insegura sobre minha forma. Estou completamente realizada. Feliz demais. Este é um título que, mesmos sendo o segundo no Brasileiro de XCM, é um divisor de águas porque mostra que sou capaz de me superar nos momentos mais difíceis”, comemorou Vivi.

Com o tempo firme e a temperatura amena, a largada para as elites foi realizada às 9h da manhã, com o início em um trecho de estrada de terra. “Sabia que seria uma prova muito dura e que não adiantava nada tentar resolver as coisas na parte inicial. Me mantive conservadora e em um determinado momento o pelotão feminino juntou-se com outro que havia largada pouco após da nossa largada. Ou seja, muita gente andando junto”, relembrou.

Em um determinado momento dos 80 km de percurso, com quase 2.000 metros de ascensão acumulada prevista, esse pelotão dividiu-se em um trecho mais técnico. “Quando percebi, eu estava neste grupo da frente e bem posicionada. Lá fiquei, sendo a única mulher. Neste momento tentei me manter o máximo em pelotões fortes e nas trilhas mais pesadas mantive foco e andei super bem. Esses lugares eram traiçoeiros e tínhamos que sair dessas trilhas fechadas o mais rápido possível, porque eram quentes e úmidas. E essa tática foi dando certo”, relata a ciclista da equipe alemã Rose Vaujany Fueled by UltraSports.

“Na metade da próxima senti o peso do percurso, mas mantive a potência nos pés em todos os momentos, pedalando com muita consciência. Conversava muito comigo, porque esse tipo de prova com sobe e desce quebra o ritmo, pelas subidas curtas e inclinadas, o que é muito fácil de você se perder. Mantive o foco e o segredo foi ter como combustível uma energia muito boa e positiva obtida com as pessoas que convivi aqui na Bahia nestes últimos dias”, completou a bicampeã brasileira. 

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