4 de dezembro de 2024
Desabamento de parte da recém-inaugurada ciclovia Tim Maia, na Avenida Niemeyer, durante uma ressaca no mar de São Conrado, deixa mortos e feridos - Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil

Menos de 4 meses após sua inauguração, parte da ciclovia Tim Maia desaba sobre o mar

Pelo menos 2 pessoas teriam morrido na tragédia e cinco outras ficaram feridas e foram resgatadas no mar. Obra custou 44,7 milhões de reais

Menos de quatro meses após a sua inauguração, um trecho de 50 metros da ciclovia Tim Maia, no Rio de Janeiro, desabou sobre o mar na manhã de hoje (21). De acordo com o Corpo de Bombeiros, pelo menos duas pessoas teriam morrido no local e cinco outras teriam caído no mar.

A tragédia aconteceu apenas pouco mais de quatro meses após sua inauguração. Com 3,9 mil metros de extensão e 2,5 de largura, o trecho da ciclovia que desabou fica localizado na Avenida Niemeyer, no bairro carioca de São Conrado. A construção, que teve início em junho de 2014, teve o custo de R$ 44,7 milhões e faz parte do Complexo Cicloviário Tim Maia, que ligar os bairros do Leblon e Barra da Tijuca, com um total de 7 km de extensão.

As buscas por sobreviventes continuam sendo realizadas por homens do Corpo de Bombeiros e pela Defesa Civil. Segundo a assessoria do Corpo de Bombeiros, os feridos não foram identificados e até o momento não há notícias sobre o estado de saúde delas.

De acordo com uma testemunha que transitava pelo local no momento do acidente, uma série de ondas fortes teriam batido na ciclovia antes de sua queda. “A onda atingiu a pista, que se desfez como papel”, disse. Outra testemunha disse ter visto três pessoas caírem no mar após o desabamento.

Bombeiro observa trecho da ciclovia Tim Maia que desabou na Avenida Niemeyer durante uma ressaca no mar de São Conrado - Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil
Bombeiro observa trecho da ciclovia Tim Maia que desabou na Avenida Niemeyer durante uma ressaca no mar de São Conrado – Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil

Possível desgaste prematuro – Antes mesmo da inauguração, em janeiro, vários utilizadores da via já haviam relatado sinais de ferrugem nas peças de ferro utilizadas na fixação das grades na pista, desgaste que seria provocado pela maresia. Na ocasião, a Secretaria Municipal de Obras informou que a Fundação Geo-Rio divulgou que “o material usado no guarda-corpo da ciclovia era produzido em aço especial, adequado para ambientes com alta maresia”.

A Secretaria reconheceu, no entanto, a necessidade de reparos em trechos prematuramente danificados. “Os locais já atingidos pela ação da natureza estão recebendo reparos e não comprometem a integridade da via. Vale ressaltar que a área contará com manutenção de rotina”, informou a Secretaria, na época da inauguração.

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