4 de dezembro de 2024
Obras do Velódromo Olímpico do Rio - Foto: Prefeitura do Rio / Renato Sette Camara

Prefeito do Rio culpa legislação brasileira por atraso em obra do Velódromo

Segundo Eduardo Paes, falha na legislação brasileira permitiu que uma empresa sem capacidade para gerir as obras de construção do velódromo olímpico vencesse a licitação

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, declarou nesta sexta-feira, durante cerimônia de inauguração do Estádio Aquático Olímpico que falhas na legislação brasileira foram o principal motivo para o atraso na conclusão do Velódromo, obra que atualmente causa mais preocupação para os Jogos de 2016.

Ao lado da da presidente Dilma Rousseff e do vice-governador do Rio Francisco Dornelles,  Paes afirmou que, com exceção do Velódromo, o Brasil vinha demonstrando ter capacidade para entregar obras da Rio 2016 no prazo estipulado e dentro do custo planejado.

Em janeiro deste ano, a Prefeitura do Rio aprovou um aditivo de R$ 24,8 milhões, elevando o custo total das obras para cerca de 143 milhões de reais. A conclusão original era prevista para o fim do ano passado, mas atrasos constantes causados por conta da empresa responsável pelas obras, a Tecnosolo, que venceu a licitação por oferecer o menor preço, mas pouco depois entrou em concordata por problemas financeiros.

Eduardo Paes - Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil
Eduardo Paes – Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil

“O Parque Olímpico está quase pronto, com exceção do Centro Olímpico de Tênis e o Velódromo, que a gente teve um problema por causa da legislação brasileira. A gente sabe que ela é feita para proteger, mas infelizmente permitiu que uma empresa sem capacidade de gerir a obra vencesse a licitação, relevou Paes.

Além do Velódromo, o Centro Olímpico de Tênis também recebeu um aditivo e viu seu custo aumentar para R$ 201,7 milhões sem que fosse concluída. A obra encontra-se em fase de conclusão, restando apenas alguns detalhes, e não causa tanta preocupação como o Velódromo.

Exageiro – Na tentativa de gerar uma imagem favorável diante da presidente Dilma Rousseff e do governo estadual, Paes ‘exagerou’ ao comentar sobre o avanço das obras em outra área olímpica, a do Complexo de Deodoro. Embora o prefeito tenha declarado que as obras da região estariam “totalmente concluídas”, a conclusão da Vila dos Tratadores no Centro de Hipismo só foi retomada no último mês, após uma disputa entre a prefeitura e a Ibeg, empresa responsável pelas obras.

Na disputa, a prefeitura questionou atrasos na entrega das obras em questão e rompeu com a empresa, o que provocou uma licitação em caráter emergencial da Vila dos Tratadores, ao custo extra de R$ 28,1 milhões. O custo total do Centro de Hipismo até o momento é de R$ 157 milhões. Além dos problemas nesta instalação, ainda há obras no Centro de Tiro Esportivo e resta a conclusão da pavimentação dos acessos aos locais das competições.

error: Textos, fotos, artes e vídeos do site MTB Brasília estão protegidos pela legislação brasileira sobre direito autoral. Não reproduza o conteúdo do jornal em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização