19 de maio de 2024
Femke Van den Driessche e sua Wilier "dopada" - Foto: Nieuwsblad.be

Ciclista confirma ser o proprietário da bicicleta motorizada usada por Van den Driessche

Nico Van Muylder confirmou a versão da ciclista Femke Van den Driessche que bicicleta flagrada com motor escondido no campeonato mundial de ciclocross foi utilizada “por engano”

Um homem de 39 anos confirmou hoje a versão da ciclista Femke Van den Driessche que a bicicleta flagrada com um motor escondido utilizada no campeonato mundial de ciclocross realizado neste fim de semana pertenceria a ele e teria sido utilizada pela atleta belga “por engano”.

Nico Van Muylder disse em entrevista ao jornal belga Het Nieuwsblad que a bicicleta apreendida pela UCI é de sua propriedade e que foi utilizada por engano por Van den Driessche que, segundo ele, desconhecia o fato que no interior do quadro havia um motor elétrico.

Ciclocross

De acordo com sua explicação, por ser muito parecida com o modelo utilizado por Femke Van den Driessche, sua bicicleta foi confundida pelo mecânico da equipe, que a revisou e entregou à ciclista belga.

Van Muylder, que é ex-ciclista profissional e amigo da família Van den Driessche, não soube explicar entretanto como o mecânico de equipe – em tese acostumado a revisar e ajustar bicicletas de diferentes atletas em uma competição – pode confundir-se e entregar a “bicicleta errada” para a ciclista.

Entenda o caso – Durante este fim de semana (31), a ciclista belga de 19 anos Femke Van den Driessche foi flagrada com uma bicicleta fraudada quando participava do campeonato mundial de ciclocross. Em uma inspeção realizada por fiscais da União Ciclística Internacional, foi descoberto que a bicicleta utilizada pela atleta continha um pequeno motor eletricamente assistido, caracterizado como “doping mecânico”.

Segundo a interpretação das regras da UCI, o fato caracteriza-se por “fraude tecnológica” passível de punição à atleta, independentemente de quem seja o proprietário da bicicleta, já que é de responsabilidade do competidor e de sua equipe assegurar que qualquer equipamento utilizado durante provas e competições estejam de acordo com as normas da entidade.

Caso seja considerada culpada das acusações, Femke Van den Driessche poderá receber uma suspensão de seis meses e ainda levar uma multa que pode chegar ao valor de 200 mil francos suíços (cerca de 800 mil reais).

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