19 de maio de 2024
Isabella Lacerda cruza a linha de chegada - Foto: Dyanna de Paula / Noispedala

Copa Internacional Levorin de MTB festeja sucesso de sua 20ª edição

Em 2015 a CIMTB Levorin atingiu suas metas: elevou o nível das disputas e recebeu mais atletas e parceiros. Organizadores já preparam 2016 pensando em novidades

Um evento que reúne mais de quatro mil atletas, a nata do mountain bike brasileiro e latino-americano, além de ciclistas de renome no cenário mundial tem a receita para dar certo e ainda consolidar o esporte no Brasil. A Copa Internacional Levorin de MTB e a Copa LM Bike de Amadores proporcionaram no ano de 2015 algo que poucos acontecimentos esportivos conseguem: longevidade com qualidade e renovação constante, como a manutenção da corrida a pé Night Run, realizada sempre nas noites que antecedem cada etapa da CIMTB Levorin.

Pelotão de líderes em Congonhas - Foto: Álvaro Perazzoli / Ag. Laborazoli
Pelotão de líderes em Congonhas – Foto: Álvaro Perazzoli / Ag. Laborazoli

Já são 20 anos da competição que tornou-se a maior do MTB na América Latina e uma das maiores do mundo, com reconhecimento da UCI (União Ciclística Internacional) por sua excelência e considerável auxilio na expansão da modalidade no país. “É uma grande honra organizar um evento desta magnitude. São muitos atores envolvidos. As prefeituras de Araxá, São João del-Rei e Congonhas se mobilizam sempre com muita vontade para que o evento seja realizado sempre da melhor forma. Essas parcerias nos fortalecem e criam o ambiente ideal para que todos apreciem a beleza do MTB”, disse o organizador, Rogério Bernardes. “Em 2016 esperamos contar com o mesmo apoio, e certamente faremos da Copa Internacional Levorin de MTB e da Copa LM Bike de Amadores outro sucesso juntamente com a UCI, CBC e FMC”, completou.

Além do aspecto esportivo, com nomes consagrados dos cenários brasileiro e estrangeiro, a CIMTB Levorin e a Copa LM Bike de Amadores oferecem uma grande movimentação econômica e cultural nas cidades-sede. O evento vai além de uma competição simples e fria. Envolve a população com o concurso de redação, o passeio ciclístico, a feira de produtos ciclísticos e a praça de alimentação. O lado social não poderia ficar ausente desta celebração ao esporte. Todo atleta só pode confirmar a inscrição depois de doar 2 kg de alimentos não perecíveis, destinados a instituições de caridade. Em 2015 foram arrecadadas mais de sete toneladas.

Feira da CIMTB Levorin gerou bons negócios - Foto: Álvaro Perazzoli / Ag. Laborazoli
Feira da CIMTB Levorin gerou bons negócios – Foto: Álvaro Perazzoli / Ag. Laborazoli

“Não há um setor de cada cidade que nos recebe sem um efeito positivo em sua economia. Os hotéis, restaurantes, postos de gasolina e parceiros abraçam o evento e criam um círculo virtuoso que beneficia todo o município”, explicou Rogério Bernardes.

Aprovação da UCI – A estrutura, o profissionalismo e a correção com os atletas transformaram a CIMTB Levorin em sucesso internacional. O trabalho desenvolvido atraiu a chancela da UCI, que registra todos os anos um degrau a mais de melhoria da capacidade técnica da equipe organizadora em promover e executar uma prova de alto nível.

“A grande qualidade do evento é estar sempre preparado para qualquer tipo de eventualidade e assegurar a qualidade da prova. Um exemplo: na etapa de Congonhas caiu uma chuva de granizo que colocou em risco a pista. Os responsáveis pela montagem estavam de pé às 4h da manhã e solucionaram o problema, uma força da natureza. Tiveram agilidade e competência para deixar tudo em perfeita ordem para a sequência tranquila da prova”, destacou Regina Barbieri, comissária da UCI.

Regina também enalteceu a estrutura ampla da competição. “A estrutura do evento é diversa e democrática. Ela atende o lojista, o atleta, o espectador, a imprensa e o público da cidade, que se envolve de forma positiva e aproxima-se do esporte. Este legado é muito importante. A CIMTB Levorin é referência dentro e fora do Brasil. Há esse reconhecimento das três etapas. Para citar uma realidade, grandes atletas vêm para Congonhas disputar a UCI Marathon Series porque é a última chance do ano para conquistar um título de relevância. E a busca por pontos dos estrangeiros em terras brasileiras está aumentando com a presença cada vez maior de ciclistas top da UCI, também em Araxá e São João del-Rei”, concluiu Regina.

Cansaço de Isabella Lacerda após a prova - Foto: Álvaro Perazzoli / Ag. Laborazoli
Cansaço de Isabella Lacerda após a prova – Foto: Álvaro Perazzoli / Ag. Laborazoli

Rio 2016 – Os atletas em busca de uma vaga nos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, terão um forte aliado. As etapas de Araxá (4 a 6 de março) e São João del-Rei (13 a 15 de maio), no ano que vem, serão essenciais para quem ainda sonha representar o Brasil. E, certamente, atletas de fora também buscarão os pontos da prova para aumentar a pontuação no ranking mundial. Assim, o fim do ciclo olímpico terá a CIMTB Levorin como protagonista. O campeonato termina novamente em Congonhas, de 4 a 6 de novembro de 2016.

“Internacional” não só no nome – A CIMTB Levorin provou sua repercussão mundial ao longo da temporada 2015. Somadas as três etapas, ciclistas de 17 países participaram da maior competição de mountain bike da América Latina: Brasil, Argentina, Uruguai, Bélgica, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Eslováquia, Estados Unidos, França, Hungria, Inglaterra, Israel, México, Polônia, Suíça e Venezuela.

E os estrangeiros ofuscaram os brasileiros em alguns momentos. Na abertura, em Araxá, a mexicana Daniela Campuzano venceu a super elite feminina. Já na segunda etapa, em São João del-Rei, o domínio “gringo” foi absoluto: o colombiano Fabio Castañeda foi campeão da prova masculina, enquanto a argentina Agustina Apaza ficou no topo do pódio entre as mulheres.

CIMTB Levorin e Copa LM Bike de Amadores em números

  • Atletas inscritos: 4 mil nas três etapas
  • Público presente: 40 mil pessoas nas três etapas
  • Movimentação econômica nas cidades-sede: R$ 6 milhões
  • Frutas disponibilizadas aos atletas no reabastecimento: 2 mil caixas de maçã e banana
  • Água consumida: 240 mil copos de água mineral
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