19 de maio de 2024
Abraão Azevedo e Bart Brentjens no Brasil Ride 2015 - Foto: Divulgação / Sportograf

As histórias e dificuldades do hexacampeão Abraão Azevedo na Brasil Ride 2015

Líder desde a primeira etapa, o atleta Scott chegou ao seu sexto título em seis edições da ultramaratona mais importante das Américas

Participação em seis edições e seis títulos. Em 2015, sete etapas disputadas e líder em todas elas. Esse é o desempenho de Abraão Azevedo que, ao lado de Bart Brentjens, venceu a Brasil Ride 2015 – principal ultramaratona das Américas – na Master. O resultado garantiu o hexacampeonato ao atleta Scott que ainda manteve a hegemonia da categoria.

Confira abaixo o depoimento do hexacampeão sobre os sete dias de competição na Chapada Diamantina-BA – e saiba mais sobre a conquista:

Motivação durante a prova – “O que mais me motiva é o fato de estar fazendo o que mais gosto. Eu amo pedalar. Disputar uma prova de sete dias de mountain bike é maravilhoso. Outro ponto é o aprendizado. Ele também é muito importante, independente do resultado. Competir ao lado de Bart Brentjens é um grande oportunidade de estar sempre aprendendo. Seja na preparação, durante a prova ou no tempo de recuperação. São sempre chances de aprender, assim como participar de uma maratona de grande exigência como a Brasil Ride. Andar todos os dias perto do limite não é fácil.”

Abraão Azevedo - Foto: Divulgação / Seppia
Abraão Azevedo – Foto: Divulgação / Seppia

Parceria com Bart Brentjens – “Já é nossa sexta ultramaratona juntos. Estar ao lado dele é muito positivo. O Bart é um atleta muito constante, que anda muito bem no plano, é bom escalador e sobe muito bem também. Eu sempre aprendo com ele. Claro, tem dia que eu ando mal, tem dia que ele não anda tão bem. Os dois vão aprendendo um com o outro. Durante a maratona, nós conversamos muito sobre o que aconteceu nas etapas que passaram. Falávamos do clima, dos pontos de água e discutíamos estratégias para a prova do dia seguinte.”

Scott Spark 700 RC – “Estou muito feliz com a escolha de uma bicicleta 27,5”. Mesmo já tendo feito outras provas, foi meu primeiro Brasil Ride com uma bike full. É incrível como fez diferença. Para mim ela encaixou muito bem em todas as etapas. Muito mais controle e consegui terminar a prova bem mais descansado. É a bicicleta perfeita para mim.”

Administrando a vantagem – “A gente não vê a vantagem durante a prova. Queremos sempre fazer o que melhor que poderíamos fazer no dia. Dar o máximo para andar próximo do limite do seu corpo.  Como disse, não tinha essa de administrar vantagem. Pra gente, quanto mais rápido terminássemos a prova, mais tempo teríamos para descansar e nos recuperar para o dia seguinte.”

Momento mais difícil – “Para mim, foi o final do segundo dia. Eu não conseguia andar num bom ritmo. Estava 30% abaixo. E pior, não conseguia encostar no Bart. Estava há uns 50 metros de distância. Isso é muito ruim. Quando você vê seu parceiro longe e não consegue se aproximar, abala o psicológico. Você quer andar junto durante toda a prova. Isso é o que motiva.”

Evolução nas seis edições – “Foi o que notei nessa edição da Brasil Ride. Esse ano eu fiz o meu melhor tempo no Vietnã. Foram mais de 140 km de trilha e consegui fazer um tempo melhor do que há três anos. Mais velho e mais rápido. Eu aprendi muito. Trabalhei para conseguir controlar o desempenho e andar bem em todas as etapas. Agora que a maratona acabou vou pegar os resultados. Assim, poderei analisar o desempenho e ver no que posso melhorar.”

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