15 de maio de 2024
Foto: Divulgação

Após 10 meses, crédito prometido por Dilma para aquisição de bicicletas não saiu do papel

Quase dez meses após a então candidata à reeleição Dilma Rousseff ter prometido uma linha de crédito especial para a aquisição de bicicletas, nenhum passo concreto foi dado pelo governo para que este tipo de financiamento saísse do papel.

“É para quem quiser comprar”, afirmou a presidente em setembro do ano passado durante a campanha presidencial, sem no entanto detalhar prazos, taxas ou bancos envolvidos.

A proposta de Dilma era de que as bicicletas pudessem ser usadas para interligar o transporte urbano, entre ônibus e metrô, por exemplo.”A bicicleta fará a diferença, porque você pode realizar um trecho com a bicicleta e completa o percurso em outro transporte”, disse.

A ideia —que surgiu antes da dura realidade de cortes orçamentários— empacou. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, até o momento nenhum dos cinco bancos públicos que poderiam ter criado a tal linha de crédito efetivou este serviço.

O Banco do Brasil, apesar de não ter feito nenhum lançamento específico nesse sentido, conta com um “consórcio para bens sustentáveis”, que pode ser usado para bicicletas e que recentemente teve seu valor-teto para o crédito reajustado, de R$ 3 mil para R$ 7 mil.

Segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), os preços não são obstáculo no Brasil, mas a sim a infraestrutura: “Falta ter ciclovias implantadas com planejamento, dando conforto e segurança para o ciclista”, disse José Eduardo Gonçalves, diretor executivo da entidade.

Gonçalves aproveitou para ‘alfinetas’ a presidenta, que tem sido vista recentemente pedalando um modelo importado da marca Specialized, no valor de 2.500 reais: “Acho que se ela fosse passear de moto ou carro provavelmente escolheria algum modelo nacional, mas a decisão de escolher um modelo importado é dela. Posso afirmar que produzimos no Brasil modelos melhores e a preços mais competitivos”, afirmou o executivo da Abraciclo.

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