18 de maio de 2024

Fúria sobre rodas: A GT Fury World Cup de Rachel Atherton

Poucas atletas do Downhill possuem uma carreira tão meteórica quanto a da inglesa Rachel Laura Atherton. Iniciada aos 8 anos de idade no mundo das duas rodas, graças aos seus irmãos Dan e Gee Atherton, tornou-se a primeira britânica a vencer um Campeonato Mundial da UCI de Downhill, aos 21 anos.

Atleta da equipe Commençal desde 2007, migrou, juntamente com seus irmãos para a equipe GT Factory Racing em 2012, quando conquistou o bicampeonato mundial de Downhill da UCI. Em 2013 repetiu o feito e, neste ano, está atualmente em terceiro lugar na colocação geral, com chances reais de finalizar no topo mais uma vez.

Veja também:

Para este ano, Rachel conta com a nova GT Fury World Cup, que visualmente falando, pouco difere do modelo anterior equipado com rodas 26 polegadas. Basicamente, trata-se da mesma bike, com pequenas alterações em sua geometria, de forma a acomodar rodas de 27.5 polegadas.

Último bastião das rodas aro 26″, o Downhill gradativamente vai se rendendo ao formato 27.5″, também conhecido como 650B. A GT foi uma das primeiras grandes marcas a apostar no formato e estrela do DH Rachel Atherton tem feito bom uso das mesmas, como por exemplo na última etapa da Copa do Mundo de DH, realizada em Windham, Nova York, onde conquistou o segundo lugar, a bordo da GT Fury World Cup 27.5.

Foto: James Huang / Immediate Media
Foto: James Huang / Immediate Media

A Fury World Cup utiliza a tecnologia proprietária da GT denominada Independent Drivetrain (conhecida anteriormente como i-Drive), que aproveita as virtudes de uma suspensão traseira de pivô simples (baixo peso e facilidade de manutenção), sem adicionar suas desvantagens (variação no comprimento da corrente e baixa eficiência da plataforma de pedalada).

Detalhe do sistema de suspensão Independent Drivetrain - Foto: James Huang / Immediate Media
Detalhe do sistema de suspensão Independent Drivetrain – Foto: James Huang / Immediate Media

Contrariando a tendência atual da construção de quadros de DH em fibra de carbono, a GT Fury world Cup possui seu quadro construído em liga de alumínio. De acordo com os engenheiros da GT, a opção pelo alumínio deve-se ao fato que o material permite desenvolver novos modelos de forma rápida, baseados nas demandas dos atletas da GT Factory Team e do próprio mercado.

Materiais a parte, Rachel está muito orgulhosa de como sua nova bicicleta foi totalmente construída segundo suas especificações e estilo de pilotagem, graças ao excelente trabalho de seu mecânico de equipe Joe Krejbiche a equipe de apoio da Fox.

Ambos os amortecedores são finamente ajustados pelo suporte técnico da Fox de acordo com as instruções de Rachel, que prefere um setup do garfo dianteiro mais firme que o convencional, para impedir que o mesmo afunde em situações de frenagem mais forte e curvas fechadas.

"Moendo" o pedivela – Foto: James Huang / Immediate Media
“Moendo” o pedivela – Foto: James Huang / Immediate Media

Como muitos pilotos de DH e Enduro, Rachel Atherton prefere posicionar as manetes dos freios Shimano Saint mais próximas do centro do guidão, permitindo que as mesmas possam ser acionadas com o dedo indicador apenas, mantendo os outros dedos firmemente nas manoplas.

Outra modificação significativa está nos pedais de encaixe Crankbrothers Mallet DH, que tiveram os cravos de agarre da plataforma rebaixados. Segundo Krejbich, Rachel, quando não está com os pés “clipados”, gosta de movimentá-los um bocado durante as provas.

A GT Fury World Cup de Rachel Atherton utiliza o grupo transmissor Shimano Saint de 1 x 7 velocidades e freios da mesma linha, com rotores Shimano ICE Tech de 203mm. Guidão, mesa, canote, selim e manoplas são da marca PRO (Shimano), da linha The Athertons Star.

Foto Sven Marti
Foto Sven Marti

Especificações:

  • Quadro: GT Fury World Cup
  • Amortecedor traseiro: Fox RAD, factory tune
  • Amortecedor dianteiro: Fox 40 Float RC2, factory tune
  • Caixa de direção: Hope Integral
  • Mesa: PRO The Athertons Star Series Direct Mount, 45mm
  • Guidão: PRO The Athertons Star Series, 760mm
  • Manoplas: PRO The Athertons Star Series
  • Freios: Shimano Saint BR-M820, com rotor de 203mm
  • Guia de corrente: Shimano Saint SMCD-50
  • Rachel Atherton - Foto Red Bull/Divulgação
    Rachel Atherton – Foto Red Bull/Divulgação

    Câmbio traseiro: Shimano Saint RD-M820

  • Passadores: Shimano Saint SL-M820
  • Cassete: Shimano Saint CS-M980, 11-13-15-17-19-21dentes
  • Corrente: Shimano Saint CH-M981
  • Pedivela: Shimano Saint FD-M820, 165mm, 38T
  • Movimento central: Shimano SM-BB80
  • Pedais: Crankbrothers Mallet DH Race
  • Aros: Stan’s NoTubes Flow EX, 32h
  • Cubos: Shimano Saint HB-M820 and FH-M825, 32h
  • Raios: stainless steel, butted, entrelaçamento 2x, nipples de alumínio
  • Pneu dianteiro: Continental DerKaiser Project, 27.5 x 2.4in, tubeless, 25psi
  • Pneus traseiro: Continental DerKaiser Project, 27.5 x 2.4in, tubeless, 25psi
  • Selim: PRO The Athertons Star Series
  • Canote de selim: PRO The Athertons Star Series DH
  • Outros: Abraçadeira do canote Hope

Veja também:

error: Textos, fotos, artes e vídeos do site MTB Brasília estão protegidos pela legislação brasileira sobre direito autoral. Não reproduza o conteúdo do jornal em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização