26 de julho de 2024

Promotora reabre caso Pantani: Ciclista pode ter sido assassinado

Pantani

Overdose de cocaína que matou o ciclista italiano terá sido provocada deliberadamente. Procuradores de Rimini reabrem o caso

O jornal italiano La Gazzetta dello Sport publicou em sua edição de hoje (2/08) a informação que a promotora Elisa Milocco, da cidade de Rimini, Itália, está reabrindo o caso Marco Pantani, pela suspeita de que o ciclista italiano teria sido forçado a ingerir grandes quantidades de cocaína. De acordo com as novas investigações, o corpo de Pantani, que mostraria sinais de agressão, e o quarto onde ele estava foram alterados antes da chegada da polícia. Com isto, a versão atual, de que Pantani teria tomado uma overdose, volta a ser questionada.

Capa do jornal italiano La Gazzetta dello Sport: "Não foi suicídio involuntário, mas homicídio"
Capa do jornal italiano La Gazzetta dello Sport: “Não foi suicídio involuntário, mas homicídio”

A família de Pantani há muito tempo reivindica a reabertura do caso, principalmente após a confirmação de que a quantidade de cocaína encontrada no corpo do ciclista era tão grande que tal dosagem só seria possível se tivesse sido diluída em água.

“Há 16 anos, a 2 de agosto, Marco Pantani ganhava o Tour. A todos os seus fãs, comunico-lhes que o processo foi reaberto”, escreveu Tonina Pantani, mãe do ciclista, em sua página no Facebook.

Pantani foi encontrado morto em um quarto de hotel em Rimini no dia 14 de fevereiro de 2004. Em 2008, Fabio Carlino foi condenado por fornecer a cocaína que matou Pantani. Ele foi condenado a 4 anos e 6 meses de prisão, recebeu uma multa de 19 mil euros e foi condenado a pagar indenização de 300 mil euros a família do ciclista.

No entanto, a pena foi anulada em 2011 pelo procurador-geral Oscar Cedrangolo, por entender que a pressão mediática terá forçado os juízes a condenar Carlino, no que ele chamou de uma “atribuição excessiva de responsabilidade” para Carlino e os demais acusados​​.

Carreira conturbada – A carreira de Pantani ficou marcada por suspeitas de doping. Em 1999, durante a Volta à Itália desse ano, foi expulso da prova depois de um exame sanguíneo ter detectado uma percentagem de hematócitos (glóbulos vermelhos) superior ao permitido pelo regulamento. Julgado em Abril de 2003, acabou absolvido porque a haver doping este não era considerado crime.

O italiano poderia ter voltado a competir depois de 15 dias, mas não o fez. Na ocasião, teria ficado deprimido e começado a usar cocaína.

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