Ainda que nem todo mundo consiga se adaptar, é lei e é letal. Usar o celular e dirigir ao mesmo tempo é expressamente proibido e acarreta em multa e pontos na carteira. Os danos à vida humana, contudo, superam os custos financeiros do ato: utilizar aparelhos móveis aumenta de três a quatro vezes a chance de um acidente de trânsito. Um relevante fator deste cálculo é a distração.
É uma questão de segurança. Embora não haja dados sobre acidentes envolvendo aparelhos móveis no Brasil, o número de multas preocupa. Tomando o Rio de Janeiro como exemplo, foram 98 mil pessoas multadas em 2012 por falar ao telefone e dirigir, e no ano anterior 104.784 multas foram aplicadas. De acordo com o Detran-RJ (Departamento de Trânsito do RJ), o celular foi uma das dez incidências mais recorrentes de infrações.
Contudo, devemos considerar que nem só de carros o trânsito é formado, e incluímos também os pedestres, ciclistas e demais usuários de outros modais de transporte na equação. Caminhar e pedalar traz inúmeros benefícios para o corpo e para a cidade. A brisa no rosto, a sensação de experimentar o espaço urbano e observar novos detalhes, ver a cidade por um novo ângulo a cada dia. Mesmo assim, você mesmo já deve ter caminhado por aí digitando no WhatsApp, postando no Instagram ou stalkeando o perfil de alguém. E os ciclistas podem, infelizmente, ter a mesma conduta, o que é ainda mais crítico, pois dependem de toda atenção possível em meio ao tráfego de pessoas e carros.
Não existe na legislação brasileira o impedimento a pedestres e ciclistas de utilizarem o celular. Chicago, nos Estados Unidos, já fez a lição de casa. Por lá, será proibido digitar e pedalar, bem como fazer ligações sem o fone de ouvido enquanto em movimento sobre duas rodas. O assunto também é tema de uma enquete do Tree Hugger em que, até o momento (12/06, 12:00), 78% das pessoas acreditam que demais cidades deveriam repetir o exemplo de Chicago e proibir a conduta.
E você, o que acha?
Fonte: The City Fix Brasil, por