Frequência de roubos de bikes no Cruzeiro assusta moradores

Nada parece impedir os ladrões que agem pelo Cruzeiro, região administrativa do Distrito Federal, principalmente no que diz respeito às bicicletas. A única saída encontrada pelos moradores é guardar os veículos em casa, longe dos locais reservados para esta finalidade nos prédios.

Na quadra 801 da cidade, o circuito interno de um bloco de apartamentos possui 14 câmeras. Elas não amedrontam aqueles que pretendem invadir a área cercada para chegar aos bicicletários.

No último caso, a ação do ladrão durou cerca de 45 minutos. Ele se aproxima do edifício, coloca um alicate de alta pressão para dentro da cerca. Entorta o ferro e depois escala a grade. Já do lado de dentro, ele vai até a parte da frente do bicicletário. Dá uma volta pela área residencial e, ao voltar para a frente da câmera, usa o alicate para tirar o pedaço da cerca. Sabendo que cabe no buraco que fez, volta ao bicicletário e rompe uma corrente. Resultado: levou uma bicicleta e deixou outra pendurada na grade para voltar e buscar.

Os moradores tiveram que arcar com o prejuízo, aproximadamente R$ 250. Agora, tudo voltou ao normal no prédio, exceto a rotina de alguns ciclistas, que precisam encontrar uma alternativa para chegar ao trabalho.

A situação é parecida na Quadra 705. Por lá, um ladrão dobrou pontas da grade para pular e caiu no jardim. Ultrapassou carros e foi direto ao bicicletário. Até que sejam instalados os alarmes, os moradores guardam as bicicletas em casa em busca de segurança.

A Record já mostrou casos semelhantes no ano passado. O circuito interno costuma ser utilizado como prova, para ajudar nas investigações. Uma das vítimas, que preferiu não se identificar, resume:

— A gente está preso, é grade para tudo quanto é lado. Enquanto os bandidos estão ali fora.

Fonte: Revista Bicicleta