16 de junho de 2025
BYB
Foto: Guilherme Haruo / CorsaBike Parts

Como o uso da telemetria auxilia no processo de manutenção da suspensão da bicicleta

Com muita tecnologia, telemetria da BYB indica ótimos motivos para se manter as revisões da suspensão da bike sempre em dia

Desgaste acentuado, perda de garantia e queda no desempenho: certamente, existem muitos motivos para você não vacilar na hora de fazer uma revisão de bicicleta. Especialmente componentes como garfos e shocks traseiros. Afinal, eles estão entre as partes mais complexas e caras de uma bicicleta – e também entre as que mais sofrem com a falta de cuidados preventivos.

Mesmo assim, muita gente ainda acredita que, por um motivo ou outro, esticar o período entre as manutenções é uma boa ideia. Mas será que é assim mesmo?

Spoiler: nada poderia estar mais longe da verdade! Mas como saber o momento certo de realizar a revisão?

Por sorte vivemos no século XXI, quando a tecnologia tem avançado a olhos vistos. Equipamentos como o sistema de telemetria da BYB são capazes de indicar o quanto uma suspensão realmente trabalha, e os números vão surpreender você.

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Caique Pereira, especialista da Escola Park Tool responsável pelos cursos de Telemetria e Telemetria Expert – Foto: Guilherme Haruo

“Recentemente fizemos uma sessão de telemetria com alguns pilotos no Mobai Bike Park e o trabalho que a suspensão realizou realmente nos chamou a atenção. Neste teste, percebemos que, em um pedal de apenas 6.1 km, a suspensão dianteira percorreu um total de 195 metros, enquanto o shock trabalhou por um total de 77,8 metros”, afirmou Caique Pereira, especialista da Escola Park Tool responsável pelos cursos de Telemetria e Telemetria Expert.

“Isso quer dizer que, no total, o tubo da haste do garfo percorreu quase 200 metros deslizando sobre os raspadores e buchas. Agora, imagine o dano que isso pode causar em um sistema sem lubrificação — ou pior: com contaminações por terra ou areia”, complementou.

Um caso como este citado por um profissional capacitado mostra como uma suspensão trabalha – e esticar o prazo das revisões não é exatamente uma boa ideia. Além do deslizamento da haste do garfo, outros dados se destacaram nesta avaliação, como a velocidade média de funcionamento e a quantidade de vezes em que a suspensão foi acionada.

“Quando a suspensão atinge um buraco, acontece a compressão. Nesta avaliação, que nem foi tão intensa assim, a velocidade máxima da compressão ficou em cerca de 4041 mm/s (14,5 Km/h), e a suspensão foi comprimida por mais de 24 mil vezes, com o shock sendo acionado quase 20 mil vezes. Ou seja: em pouco mais de 5Km, todos os mecanismos da suspensão trabalharam milhares de vezes, gerando calor e atrito”, explicou o instrutor.

Mas como isso se conecta com a nossa bicicleta? Todos esses dados, extraídos apenas de uma página de análise da Telemetria BYB, deixam claro que a suspensão da bicicleta é extremamente exigida, e qualquer descuido na manutenção pode comprometer seu desempenho e durabilidade.

A ciência por trás da telemetria não apenas reforça a importância da revisão preventiva, como também evidencia o impacto real que o uso contínuo tem sobre os componentes.

Para se especializar no assunto, faça os cursos Telemetria e Telemetria Expert na Escola Park Tool.

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