3 de maio de 2024
Ciclovia
Foto: Reprodução / ITDP Brasil

Entidades criam mapa colaborativo com dados da infraestrutura cicloviária no país

Plataforma criada pela UCB em parceria com a ITDP Brasil traz dados georreferenciados de ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas das cidades brasileiras

Ao longo de 2019, o Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP, da sigla em inglês) e a União de Ciclistas do Brasil (UCB) trabalharam em conjunto para disponibilizar um mapa para facilitar e ampliar o acesso a dados sobre a infraestrutura cicloviária nas cidades brasileiras. Em setembro do ano passado, o público votou no nome que seria dado à plataforma, e o CicloMapa foi lançado no Fórum Nordestino da Bicicleta (FNEBici) em Aracaju.

O CicloMapa tem como objetivo estimular o mapeamento colaborativo para aumentar a disponibilidade de dados georreferenciados de ciclovias, ciclofaixas, ciclorrotas e calçadas compartilhadas. Para isso a plataforma usa os dados disponíveis no OpenStreetMap, que é considerado o maior banco de dados abertos de mapas do mundo. Também é possível fazer o download dos dados de forma simplificada para manipulação em softwares de informações geográfica e programação.

Ciclovia
Foto: Heloisa Ballarini / Fotos Públicas

Por meio dessa iniciativa, as organizações buscam gerar informações que possam embasar políticas públicas de mobilidade urbana. De acordo com Bernardo Serra, gerente de políticas públicas do ITDP, “A iniciativa é fundamental para aumentar a disponibilidade de dados sobre a infraestrutura cicloviária a partir da experiência real de pessoas que circulam nas cidades brasileiras.A partir desses dados será possível promover debates mais fundamentados sobre políticas para a ciclomobilidade no país”.

O coordenador do projeto pela UCB, Felipe Alves explica: “Em 2018 verificamos que os dados publicados por muitas prefeituras estavam mais desatualizados do que o mapeamento realizado por voluntários no OSM. Por isso, outro importante objetivo do CicloMapa é fomentar essa prática por meio de tutoriais de mapeamento que apoiem o trabalho de mapeadores no país”.

Durante a transmissão ao vivo, Ludmila Bandeira, coordenadora de articulação e gestão da Semob no MDR, também mencionou o potencial do uso da ferramenta para construir políticas públicas cicloviárias: “Existe um conjunto de dados gerados a partir do CicloMapa que poderão orientar a nossa atuação”. A economista exemplificou frentes em que a Secretaria vem trabalhando nos últimos anos que podem utilizar o CicloMapa como fonte de informação para indicadores de efetividade da política nacional de mobilidade urbana e seu potencial uso na Pesquisa Nacional de Mobilidade.

Os dados do CicloMapa também serão úteis para calcular indicadores como o percentual da porcentagem de estações de transporte e de pessoas que vivem próximas à infraestrutura cicloviária na MobiliDADOS, plataforma do ITDP que fornece indicadores de mobilidade urbana.

Fonte: ITDP Brasil

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