4 de dezembro de 2024

Construir bicicletários em condomínios ainda é desafio no DF

bicicletario_003Recentemente, a mobilidade urbana tem sido um tema de extenso debate no país. Defensores do cotidiano com mais qualidade de vida e menos trânsito questionam seus governantes sobre a infraestrutura necessária para mudanças de hábitos, como o de ir ao trabalho de bicicleta. Outro aspecto do debate, ainda com menos força, mas igualmente necessário, é a discussão sobre como os condomínios estão oferecendo estrutura para as práticas sustentáveis.

Guardar a bicicleta em casa ou no prédio pode ser tão desgastante quanto encarar a falta de ciclovias e os problemas de acessibilidade em calçadas. Segundo dados da organização não-governamental Rodas da Paz, em 2010, cerca de 200 mil pessoas já usavam a bicicleta como veículo no dia-a-dia em Brasília. No entanto, segundo José Geraldo Pimentel, presidente do Sindicato dos Condomínios Residenciais e Comerciais do Distrito Federal (Sindicondomínio/DF), a realidade de Brasília é bastante diferente de outros estados do Brasil. “Aqui, o uso da bicicleta ainda não está bem difundido. Os condomínios mais antigos não estão adaptados ao novo cenário”, destaca.

Em São Paulo, por exemplo, existe um projeto de lei que regulamenta os bicicletários em condomínios. O texto altera o Código de Obras do Município e determina que os locais reservados para guardar as bicicletas devem ser facilmente acessíveis, com adequação ao piso mais próximo das ruas e calçadas, além de outras exigências. Em Brasília, ainda não há iniciativa neste sentido.

Condomínios sem bicicletários – Para Dr. Pimentel, a falta de espaços para bicicletas em condomínios precisa de uma maior sensibilidade por parte do síndico, ou administrador, que pode propor a construção do espaço com a assessoria de um engenheiro, especialmente se for aquele que projetou a edificação. “Nossa recomendação é de que o administrador do condomínio procure conhecer as plantas do edifício para, a partir daí, buscar ajuda. Ele jamais deve atuar sem uma orientação técnica, pois pode correr risco de decidir erroneamente sobre a matéria, fazendo mau uso dos recursos e comprometendo o tráfego nas dependências do condomínio”, explica.

Fonte: Jornal de Brasília

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